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Tire seu planejamento financeiro do papel

Tire seu planejamento financeiro do papel


Oito dicas para começar o seu ainda hoje e controlar as finanças de uma vez. Inteligência Financeira
Divulgação
Qual é sua maior preocupação na vida? Se for o dinheiro, você não está sozinho. Uma pesquisa da fintech Onze para o G1 revelou que 74% dos entrevistados pensam como você. Já o estudo da Leve, fintech de educação financeira, mostra algumas das possíveis causas. Ele aponta que 52% dos participantes gastam todo o salário ou até mais e que 46% deles não se sentem confiantes para realizar metas de longo prazo.
Se esse é o seu caso, dá tempo de virar o jogo! Preparamos oito dicas para criar e tirar seu planejamento financeiro do papel e entrar para a fila dos investidores no futuro.
1. Enfrentando o extrato: você sabe quanto entra e quanto sai da sua conta?
Se você responder que tem mais de uma conta corrente, já acenda o alerta. Quanto mais contas bancárias, mais tarifas e mais dificuldade de organização. O mesmo vale para o cartão de crédito. Você precisa mesmo de mais de um?
Agora vamos à principal questão: você sabe quanto ganha e gasta por mês? Se trabalha no regime CLT, é mais fácil prever as entradas. O problema são os ganhos adicionais ou quando você trabalha como autônomo. Aí elas podem ser mais difíceis de identificar. Como resolver? Seja via planilha, anotando em um caderno, via aplicativo ou daquele jeito que funciona para você, identifique quanto entrou, quem pagou e o que foi pago. Não caia no papo do “deixa para depois”. Ele é seu inimigo porque não te ajuda a ter disciplina e vira uma bola de neve rapidamente.
E os gastos, hein? Esses são mais difíceis de listar por duas razões. A primeira é que, não vamos negar, é uma tarefa trabalhosa e cansativa. Mas não tem milagre: para funcionar, você vai precisar listar tudo – de uma gorjeta ao aluguel da casa – e por 30 dias. A segunda é que usando dinheiro em espécie você compra “coisinhas” e esquece rapidinho delas. Como resolver: use cartão para registrar a compra – o que facilita a conferência – e evite sacar dinheiro. Hoje em dia todo mundo tem sua maquininha, pode acreditar. Na hora de conferir o extrato, lembre-se de verificar tarifas, seguros contratados e todo o centavo que sair. Para facilitar, categorize tudo: os tipos de entrada e de saída. Com isso você consegue enxergar o que está corroendo sua grana e que despesas você pode enxugar.
2. Faça uma reserva de emergência
Agora que você conhece seu fluxo financeiro, dá para avaliar quanto precisa poupar para imprevistos. Carro quebrado, perda de emprego são bons exemplos. Calcule suas despesas mensais e monte um “caixa” com 3 ou 6 vezes o total de gastos. A partir daí, estipule o valor a poupar mensalmente para alcançar esse objetivo. Investir em produtos de renda fixa com alta liquidez e rentabilidade acima da inflação é uma boa pedida. Ah, e se usar a reserva, recomponha o valor o mais rápido possível.
3. Liste seus objetivos
Essa etapa do planejamento é que vai orientar sua relação com o dinheiro. Pergunte-se: o que quer fazer daqui a 10 anos? Quando deseja se aposentar? Pretende ter filhos? Comprar uma casa? Viajar pelo mundo? São diversos os motivos, mas o método para alcançá-los é o mesmo. Seja objetivo, específico e realista. A meta: “quero ficar rico” é vaga e subjetiva. Ser rico é diferente para cada um. Prefira: “Ter R$ 1 milhão aos 30”. O passo seguinte é calcular quanto tempo você tem até chegar lá, quanto deve investir por mês e quais são os produtos com risco, liquidez e rentabilidade adequados. Se o cálculo mostrar que é mais viável conquistar o primeiro milhão aos 40, considere repensar sua meta. A dica extra, aqui, é que você pode contar com a assessoria de um especialista em investimentos.
4. Guarde um dinheiro para se divertir
Você não pode ser escravo das suas metas. Não dá para se privar totalmente do hoje esperando pelo amanhã dos sonhos. De vez em quando se presenteie, separe um dinheiro para visitar seu restaurante favorito, cultive pequenos prazeres. Se for possível, separe até uma “verba para isso”, classificando-a como “diversão”, por exemplo. Sua saúde mental vai agradecer. Se organizar direitinho, você faz tudo isso e não compromete seu futuro.
5. Não tome crédito à toa
Sabe aquele dinheiro que aparece na conta junto com o seu saldo? Ele não é seu. O nome dele é cheque especial e é caríssimo. Uma das maiores taxas de juros do mercado. Ele deve ser usado como última opção, em casos emergenciais, e deve ser reposto o quanto antes. “Ah, mas o meu banco oferece 10 dias de cheque especial sem juros”, você pode dizer. Sim, mas se você passar para o 11.º, paga os 11 dias.
A lógica do crédito pré-aprovado é a mesma. Vale a pena contratar crédito a juros altos para comprar uma bolsa que você poderia comprar à vista se juntasse o dinheiro?
6. Troque o comprar e depois pagar por guardar e depois comprar
Essa dica só reforça a anterior. Quando você paga à vista, consegue negociar um desconto bacana e não se enrola para pagar depois. Além disso, enquanto você junta o dinheiro, tem tempo para pensar no que quer de verdade, evitando as compras por impulso. Isso vale da bolsa ao apartamento.
7. Pague suas contas na data do vencimento
Se gastar sua grana pagando juros já é uma tristeza, imagine fazer isso por escolha? Quando você tem dinheiro em caixa e deixa de pagar um boleto na data certa, está rasgando dinheiro. Se for a fatura do cartão de crédito, então, aí o estrago pode passar dos três dígitos. De novo, a maneira como vai se organizar é contigo, mas nunca mais deixe essa tartaruga escapar, combinado?
8. Troque o ter pelo experimentar
Você se lembra mais dos brinquedos que ganhou de aniversário ou dos passeios que fez com a família quando era criança? As pessoas, em geral, preservam mais memórias afetivas ligadas a experiências do que a objetos. Essa máxima continua valendo. Em vez de focar em ter, não haveria mais espaço na sua vida para o experimentar? Para as coisas simples que gastam mais sapato do que dinheiro? Talvez a vida dos seus sonhos já esteja bem perto de você. Olhe mais de perto e, hoje e no futuro, use o dinheiro para o que realmente importa.

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