Nos últimos meses, vários altos gestores nomeados por Moscou foram alvos de ataques, alguns mortais, atribuídos pelo Kremlin aos serviços secretos ucranianos operando na região. Ucranianos atacam os russos perto de Kherson, em 9 de novembro de 2022
Viacheslav Ratynskyi/Reuters
Um dirigente importante da ocupação russa na região ucraniana de Kherson, Kirill Stremooussov, morreu em um acidente de carro nesta quarta-feira (9), de acordo com um representante russo. O Kremlin determinou a retirada de soldados russos da região.
“É com grande tristeza que anuncio que Kirill Stremoossov foi assassinado na região de Kherson (…) em um acidente na estrada”, indicou Vladimir Saldo, chefe da administração da ocupação russa na região.
Nos últimos meses, vários altos gestores nomeados por Moscou foram alvos de ataques, alguns mortais, atribuídos pelo Kremlin aos serviços secretos ucranianos operando na região.
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Desde a conquista da região de Kherson, no começo de março, Stremoossov era um dos porta-vozes mais diligentes das forças de ocupação russa. Ele fazia frequentemente declarações na mídia pró-Kremlin e apoia fervorosamente a campanha militar russa na Ucrânia.
Nos últimos dias, ele se exprimiu regularmente sobre importantes evacuações em curso na região de Kherson, diante do avanço das tropas ucranianas que realizam uma contraofensiva há semanas.
“Ele trabalhava sem armas. Ele trabalhava com suas palavras e sua capacidade de se expressar”, elogiou Vladimir Saldo, acrescentando que Stremoossov era pai de cinco filhos.
“É uma enorme tragédia, uma perda irreparável”, disse no Telegrama Serguei Aksionov, chefe da ocupação pró-russa na região ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou.
Segundo diversos veículos de comunicação, Stremoossov nasceu em 1976 na região ucraniana de Donetsk, em parte ocupada pelo Exército russo.
Retirada do Exército de KhersonPouco depois da confirmação da morte do representante russo, o ministério da Defesa do país ordenou a retirada das forças armadas russas da margem direita do rio Dniepr, na região de Kherson.
“Realizem a retirada dos soldados”, disse na televisão Serguei Choigu, após uma proposta neste sentido do comandante das operações russas na Ucrânia, o general Serguei Surovikine, que reconheceu que se tratava de uma decisão “nada fácil” a ser tomada.
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