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Veja 11 dicas de como estudar para o Enem 2023

Veja 11 dicas de como estudar para o Enem 2023

Confira as principais dicas e estratégias sugeridas por especialistas, além das matérias que mais caem no Exame Nacional do Ensino Médio

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado inicialmente para avaliar o desempenho dos estudantes concluintes do ensino médio, mas é hoje a principal forma de ingresso ao ensino superior brasileiro.

Para fazer a prova – que neste ano será aplicada em 5 e 12 de novembro –, é recomendável que o estudante se prepare com antecedência, já que a lista de conteúdos que caem no exame é extensa.

Se estiver estudando por conta própria, o planejamento será ainda mais importante para garantir que nada importante fique de fora dos estudos.

Para ajudar você a organizar seus estudos, daremos 11 dicas de como estudar para o Enem.

Como estudar para o Enem? Veja 11 dicas práticas

  1. Planeje-se
    O passo mais importante para estudar sozinho para o Enem é o planejamento. É preciso organizar o que estudar no tempo que você tem disponível.

Primeiro, é preciso definir quanto tempo você tem para estudar até a data da prova e quantas horas serão dedicadas aos estudos por dia.

O edital do Enem traz todos os conteúdos que vão cair no exame em cada uma das áreas, e mais abaixo nós também vamos listar quais são os principais.

  1. Crie um cronograma
    Liste todos os assuntos que precisarão ser estudados e distribua esses conteúdos ao longo dos dias e períodos que você tem disponíveis. Lembre que é preciso separar tempo para aprender a teoria e também para treinar com exercícios.

O coordenador do curso pré-vestibular Poliedro, Pedro Oscar Lorencini Junior, explicou que o tempo a ser gasto com a teoria e a prática depende muito da relação do aluno com cada conteúdo.

“Se a base teórica dele para aquele conteúdo está boa, é importante que ele dedique mais tempo a resolução de exercícios. Agora, se o aluno tem dificuldade ou falta de conhecimento no conteúdo, é importante que ele tenha acesso à parte da teoria para conseguir realizar os exercícios.”

Ele defendeu uma média de 60% do tempo dedicado à teoria, e 40% dedicado à prática.

  1. Defina prioridades para as matérias
    Saber qual curso e em quais universidades você tem interesse em se inscrever também ajuda a definir quais matérias devem ser sua prioridade. Cada instituição adota um sistema de “pesos” diferente para entrar em determinado curso.

Por exemplo: uma universidade pode considerar, para entrar em medicina, o peso 3 para a prova de ciências da natureza e o peso 2 para as demais provas. Ou seja, a sua nota em ciências da natureza será multiplicada por três, enquanto as outras notas serão multiplicadas por dois.

Por isso, é importante que o vestibulando leia o edital para o curso que ele quer nas faculdades que ele está mais interessado. Assim, saberá quais matérias priorizar.

  1. Estabeleça um bom local de estudo
    Estudar sempre no mesmo local pode ajudá-lo a seguir seu cronograma e estabelecer uma rotina.

Caso seja possível, dê preferência por um local tranquilo, silencioso e calmo, sem perturbações ou distrações.

  1. Anote os erros e acertos das questões
    É importante corrigir todos os exercícios que você faz, identificando quais foram os acertos e os erros em cada um.

Refazer os exercícios até conseguir acertá-los ajuda a fixar os conteúdos da maneira certa e também a entender em quais conteúdos você tem mais dificuldade e precisa estudar mais.

  1. Faça simulados e provas antigas
    Lorencini destacou que a principal dica para o Enem é estar familiarizado com a prova antes do dia de fazê-la.

“É uma prova muito cansativa, com muita leitura, que leva muito tempo para o aluno que não tem prática. É preciso que o aluno pegue provas do Enem de anos anteriores e pratique, sente ali como se fosse de fato fosse fazer a prova”, disse.

Fazendo provas inteiras, como simulados ou edições anteriores do Enem, o vestibulando consegue entender quanto tempo ele leva em cada área e em quais matérias haverá mais dificuldade. Além da melhor ordem para fazer o exame.

Você pode escolher diferentes maneiras de realizar a prova para descobrir qual funciona melhor. Seja na ordem que elas vêm, respondendo as mais fáceis antes e as mais difíceis depois, deixando a redação para o final ou começando por ela.

Resolver a prova inteira de uma só vez é cansativo, e é importante aprender a lidar com isso antes do dia.

  1. Controle o tempo
    Durante a prova, é importante ficar de olho no relógio, para que seja possível resolver as questões, escrever a redação e preencher o gabarito antes que o tempo máximo se esgote.

Praticar a escrita de redações durante os estudos ajuda a saber quanto tempo deve ser reservado para fazer o texto.

  1. Faça pelo menos uma redação por semana
    Além de se familiarizar com a prova como um todo, é importante que o vestibulando esteja familiarizado com a redação.

O Enem cobra um modelo específico de texto, a dissertação-argumentativa. O aluno deve defender uma tese relacionada ao tema exposto pelos textos de apoio e, obrigatoriamente, apresentar uma proposta de intervenção no fim.

A coordenadora do Colégio Poliedro, Vivian Cintra, explicou que, melhor do que fazer um texto “ótimo”, é melhor entregar um texto inteiro, com tudo que é cobrado pelos avaliadores.

“Você fica se cobrando de fazer o melhor texto do mundo, aí não consegue terminar o texto no tempo certo.”

Ela disse que a principal dica para a redação do Enem é a mesma que para os outros vestibulares: o treino, seja utilizando temas de anos anteriores, ou propostas encontradas na internet. “É preciso treinar a escrita para ganhar velocidade.”

  1. Se mantenha atualizado
    Consumir notícias sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo também faz parte de se preparar para o Enem, e principalmente para a redação.

O exame pretende testar não só os conteúdos aprendidos durante o ensino médio, mas também a capacidade de relacionar esses conteúdos com o mundo no qual vivemos.

Por isso, é importante se manter informado sobre a atualidade e buscar entender como as matérias estudadas (principalmente história e geografia) podem ajudar a entender os acontecimentos de hoje. Essa relação pode ser usada como argumento durante a redação.

  1. Descanse
    O descanso é essencial para manter a saúde mental em dia, o que pode influenciar muito no seu desempenho durante a prova.

Vivian Cintra disse, inclusive, que o tempo destinado ao lazer também pode ser aproveitado para construir referências.

“Qualquer referência que eles possam usar na redação é válida, não importa se é um filme da Disney, se é um livro que cai na lista obrigatória de um concurso de vestibular”, ela disse.

De acordo com Cintra, é possível usar esse tempo livre para “conectar o que eles assistem, o que eles leem, o que eles ouvem de música, aos acontecimentos do mundo e do Brasil”.

  1. Repasse os principais conteúdos
    Reserve uma semana antes do exame apenas para revisar os conteúdos da prova que será feita naquele fim de semana.

Dessa forma, você relembra o que foi estudado a mais tempo, o que pode ter sido esquecido e aquilo em que você teve mais dificuldade.

Como funciona a prova do Enem?
Atualmente, as provas do Enem são aplicadas em dois domingos consecutivos. No primeiro dia de prova, o aluno tem 5 horas e meia para resolver 45 questões de linguagens e códigos, 45 questões de ciências humanas e fazer a redação.

No segundo dia, são 5 horas para fazer 45 questões de matemática e outras 45 de ciências da natureza. Se manter atento ao tempo, inclusive para que seja possível preencher o gabarito corretamente e passar a redação a limpo, é essencial.

A partir de 2024, no entanto, o modelo da prova deve mudar, pois terá que se adaptar ao programa do novo ensino médio.

Quais são as matérias que mais caem no Enem?
Separamos uma lista dos conteúdos que mais caem no Enem em cada matéria, de acordo com um levantamento feito pelo Sistema de Ensino Poliedro com base nas provas de 2019 a 2021.

Sociologia:
Estado, democracia e participação política
Desafios do século 21
Sociologia da cultura
Sociologia contemporânea
Sociologia brasileira
Desigualdade, pobreza e conflito social
Instituições sociais

Filosofia:
Filosofia moderna
Filosofia contemporânea
Filosofia antiga clássica
Introdução à filosofia
Filosofia medieval

Geografia:
Geografia agrária
Urbanização
Cartografia
Demografia
Geomorfologia
Questões ambientais
Industrialização
Espaço geográfico
Ordem mundial e conflitos
Globalização

História:
Da crise do açúcar ao apogeu do sistema colonial no Brasil
Religião e monarquia na época moderna
Segundo reinado
Segunda Guerra Mundial e o mundo contemporâneo
Primeira República no Brasil (1889-1930)
Antiguidade clássica
República democrática
Outras Idades Médias
Idade Média na Europa Ocidental e o início da primeira Modernidade
Século 19
Era Vargas
História e pré-história

Química:
Eletroquímica
Estados físicos, sistemas e misturas
Cinética química
Oxirredução
Modelos atômicos e distribuição eletrônica
Reações inorgânicas
Propriedades físicas das substâncias
Soluções
Funções inorgânicas
Leis Ponderais e estequiometria

Física:
Propagação de calor
Mudanças de estado físico
Calorimetria
Trabalho, potência e energia
Estática dos fluidos
Resistores elétricos

Biologia:
Sucessão ecológica e alterações ambientais antrópicas
Energia e matéria nos ecossistemas
Evolução biológica
Bioenergética (respiração, fermentação, fotossíntese e quimiossíntese)
Plantas: classificação, anatomia, histologia, morfologia e ciclos reprodutivos
Ácidos nucleicos, código genético e síntese de proteínas
Fisiologia animal: imunidade
Zoologia de invertebrados

Matemática:
Razão e proporção
Análise de grandezas proporcionais
Sentenças matemáticas e modelagens algébricas
Noções de estatística: conceitos básicos
Relação e função
Área de figuras planas
Sequências numéricas, progressão aritmética (PA) e progressão geométrica (PG)
Análise combinatória
Probabilidade

Linguagens:
Linguagem, variação linguística e multimodalidade
Preceitos básicos dos estudos literários
Pontuação
Romantismo no Brasil: poesia
Modernismo no Brasil: 2ª geração (poesia)
Modernismo no Brasil: 2ª geração (prosa)
Tipologia textual e gêneros discursivos
Relações de leitura
Textualidade, coesão e coerência
Relação entre linguagens e efeitos de sentido
Intertextualidade e interdiscursividade
Funções da linguagem
Sentidos implícitos

Resumo
Para estar bem preparado para o Enem, é preciso estudar todos os conteúdos do programa do ensino médio, e também se familiarizar com o modelo da prova.

Criar um cronograma é essencial para ter certeza que nenhum conteúdo ficará de fora dos estudos. É importante que você lembre de distribuir o tempo de estudo entre teoria e prática.

O estudante precisa estar preparado para conseguir administrar o tempo de prova, principalmente no dia que será entregue a redação. Para isso, a melhor forma de praticar é fazendo provas de edições anteriores ou simulados, de olho no tempo e buscando entender quais conteúdos serão mais rápidos ou demorados.

Descansar é essencial para manter a saúde mental em dia, o que pode influenciar no seu desempenho. Mesmo assim, o tempo de lazer também pode ser usado para adquirir referências. Um filme ou música pode se relacionar com diversos conteúdos aprendidos durante o ensino médio e ser usado como referência na redação da Enem.

Fonte: CNN Brasil

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