Homem que ganhou R$ 47 milhões em sorteio foi morto na quarta-feira no interior de São Paulo. Em outro caso recente, premiado de 71 anos teve a conta esvaziada no Rio Grande do Sul. O que se sabe sobre a morte do ganhador da Mega-Sena no interior de SP
Nesta quarta-feira (14), um homem que havia ganhado R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 morreu em Hortolândia, no interior de São Paulo, após ter sido encontrado com sinais de espancamento às margens de uma rodovia (veja vídeo acima). Esse é o caso mais recente envolvendo vencedores de prêmios de loteria que, depois de se tornarem milionários, foram assassinados ou sofreram golpes.
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A nova vítima é Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, que saiu para fazer uma caminhada e desapareceu. Criminosos tentaram sacar R$ 3 milhões da conta dele e retiraram cerca de R$ 20 mil por meio de transferências bancárias e PIX. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. Nesta quinta-feira (15), a polícia confirmou que o prêmio milionário motivou o crime.
Relembre, abaixo, outros casos de golpes contra ganhadores da Mega-Sena:
Viúva da Mega-Sena no RJ
Golpe em sócio de funerária no RS
Milionário morto a tiros em bar no CE
Ganhadores de bolão assassinados em SP
Viúva da Mega-Sena
‘Viúva da Mega-Sena’ foi condenada pela morte do marido: entenda o caso
Em dezembro de 2016, Adriana Ferreira, conhecida como a Viúva da Mega-Sena, foi condenada a 20 anos de prisão por mandar matar o companheiro, o ex-lavrador René Senna, que em 2005 havia ganhado R$ 52 milhões na Mega-Sena.
Em 2007, René foi morto com quatro tiros em um bar de Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro. Os dois assassinos foram descobertos e condenados a 18 anos de prisão. A promotoria defendeu a tese que a dupla foi paga por Adriana. As investigações apontaram que ela planejou o assassinato após o companheiro descobrir que a mulher tinha um amante e ameaçar tirá-la do testamento.
Julgada em 2011, Adriana foi absolvida, mas o Ministério Público recorreu, e o Tribunal de Justiça anulou o julgamento por entender que a decisão do júri foi contrária às provas apresentadas.
Cinco anos mais tarde, ela foi considerada culpada pela maioria dos jurados e condenada a 20 anos de cadeia. Em 2018, 11 anos depois do crime, ela foi presa em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. Em 2021, uma decisão do STJ anulou o testamento que beneficiava Adriana Ferreira Almeida Nascimento. De acordo com a sentença, ela não ficará com nenhuma parte do patrimônio de René.
Golpe de ex-sócio em homem de 71 anos
Homem de 71 anos relata ter sido vítima de golpe após ganhar na Mega-Sena em Viamão
Reprodução/RBS TV
Em abril de 2018, Fredolino José Pereira, hoje com 71 anos, juntou latinhas de cerveja na rua e vendeu para reciclagem em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Dos R$ 13 que recebeu, usou R$ 7 para fazer duas apostas na Mega-Sena. No dia seguinte, tornou-se milionário ao ganhar um prêmio de R$ 10.251.126,97.
Em abril deste ano, ele disse que foi vítima de um golpe de um ex-sócio em uma funerária e alegou ter perdido todo o dinheiro.
Após a denúncia, a Polícia Civil investigou o caso e, em agosto, a juíza do caso acolheu a denúncia do Ministério Público contra o ex-sócio do milionário e a namorada do suspeito. Com isso, os dois viraram réus no processo.
Assassinado após ganhar R$ 39 milhões
Miguel Ferreira de Oliveira, ganhador de prêmio de R$ 39 milhões da Mega-Sena, foi assassinado a tiros em bar no interior do Ceará
Facebook/Reprodução
O empresário Miguel Ferreira Oliveira, conhecido na região do Cariri, no Ceará, como milionário da Mega-Sena, foi assassinado a tiros em um bar em fevereiro de 2018, em Campos Sales, a cerca de 480 quilômetros de Fortaleza. Ele morava em São Paulo quando, em 2011, ganhou o prêmio de R$ 39 milhões em 2011.
Em 2019, a polícia prendeu um suspeito do crime, Antonio Pedro dos Santos, de 30 anos. No ano seguinte, ele também foi assassinado a tiros em Campos Sales. O corpo dele foi encontrado junto ao de outro homem, que também tinha lesões provocadas por disparos de arma de fogo.
Ganhadores de bolão assassinados
Arlei Rosa Silva, ganhador da Mega Sena em 2007, foi achado morto em Limeira
Acervo da família
Em novembro de 2008, Altair Aparecido dos Santos, de 43 anos, que no ano anterior havia sido um dos ganhadores do prêmio de R$ 16 milhões da Mega-Sena, foi morto a tiros no em Limeira, no interior de São Paulo, durante um churrasco na chácara dele.
O prêmio da Mega-Sena tinha sido dividido entre outras 15 pessoas que faziam parte de um bolão organizado com frequência em um bar da cidade.
No boletim de ocorrência, a viúva de Altair afirmou que o marido vinha sofrendo ameaças de um outro homem. Ela mencionou que, em um bar do município, havia sido colocada uma faixa com a frase: “Limeira está pequena para nós dois”.
O crime aconteceu depois de uma polêmica envolvendo a divisão do prêmio, já que dois participantes usuais do bolão não teriam feito o pagamento do bilhete vencedor e, por isso, acabaram recebendo uma quantia inferior à dos demais. A polícia não divulgou se essas duas pessoas eram suspeitas do assassinato.
Em 2016, outro vencedor do prêmio de R$ 16 milhões que participou do bolão, o autônomo Arlei Rosa Silva, de 53 anos, foi encontrado morto em uma estrada da cidade de Limeira. Na época, a polícia descartou a possibilidade de ligação entre os dois casos.
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