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‘Vou votar no Lula’, diz Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central na era FHC

‘Vou votar no Lula’, diz Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central na era FHC


Armínio presidiu o BC durante o segundo mandato de FHC, entre 1999 e 2002, e foi nome importante da gestão tucana. Armínio Fraga
GloboNews
O economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, declarou seu voto a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. O apoio ao petista foi noticiado inicialmente pelo Estadão/Broadcast – e confirmado pelo g1.
“Vou votar no Lula”, escreveu o ex-presidente do BC ao g1.
Armínio foi presidente do Banco Central durante o segundo mandato de FHC, entre 1999 e 2002, e nome importante da gestão do tucano.
“Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram”, contextualizou Armínio ao Estadão.
Apesar de, até então, não ter declarado abertamente voto a nenhum dos candidatos nas eleições deste ano, o ex-presidente do BC já demonstrava ser crítico à gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Armínio discursou durante a leitura de duas cartas em defesa da democracia, no dia 11 de agosto. O evento, organizado na Faculdade de Direito da USP, ocorreu em meio a ataques de Bolsonaro contra o processo eleitoral, com insinuações golpistas.
“As sociedades mais prósperas do planeta, aquelas onde reina a liberdade, a solidariedade, a prosperidade, são, todas, democracias. Nós vivemos hoje em um mundo onde ameaças autoritárias e populistas às vezes nos assustam. Nós já vivemos isso no passado, e não é novidade”, disse, no evento, o ex-presidente do BC.
“Mas eu falo com toda a convicção (…) que nós não temos um caminho que não o da liberdade, da democracia, da justiça. E é por isso que estamos aqui. É uma situação esdrúxula essa, mas toda a nossa energia, toda a nossa coragem tem que ficar nesse momento concentrada em salvar o que foi conquistado ao longo dos anos e o que é a base do nosso futuro”, continuou.
‘Não temos um caminho que não o da liberdade, da democracia, da justiça’, diz Armínio Fraga

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