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Boris Johnson decide não disputar cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

Boris Johnson decide não disputar cargo de primeiro-ministro do Reino Unido


Anúncio foi feito neste domingo, segundo a BBC e o jornal ‘The Guardian’. Novo líder do governo britânico deve ser anunciado até o dia 28 de outubro. Ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak ganha mais chances de assumir a liderança. O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson é visto no Aeroporto de Gatwick, perto de Londres, na Inglaterra, no sábado (22)
Henry Nicholls/Reuters
O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson anunciou neste domingo (23) que não vai disputar a liderança do Partido Conservador, que o levaria de volta ao cargo de premiê após a saída de sua sucessora, Liz Truss.
Segundo Johnson, apesar de ter o apoio necessário para a disputa, ele concluiu que “essa simplesmente não seria a coisa certa a se fazer”, já que “você não pode governar efetivamente a não ser que você tenha um partido unido no Parlamento”.
Isso deixa o caminho livre para Rishi Sunak, favorito para suceder Liz Truss como chefe de governo, salvo imprevistos. Sunak foi ministro de Finanças durante o período de Boris Johnson à frente do país.
Após a renúncia de Liz Truss na quinta-feira (20), começou uma corrida em busca de apoios para concorrer ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. Pelas regras da próxima eleição interna, para ser candidato é preciso ser indicado por pelo menos 100 deputados do Partido Conservador, que tem a maioria na câmara britânica.
De acordo com a BBC, o ex-premiê afirmou que tinha o apoio de 102 deputados de seu partido (Tory) para entrar na disputa.
Processo de eleição interna
A britânica Liz Truss renunciou aos postos de líder do Partido Conservador e de primeira-ministra do Reino Unido na quinta-feira (20), abrindo novamente eleições para o cargo. A última eleição havia sido definida há pouco mais de um mês, no dia 5 de setembro.
Para escolher quem irá substitui-la, será feita uma votação interna pela liderança entre os membros do Partido Conservador. Por serem a maioria do Parlamento britânico, são eles que definem quem será o primeiro-ministro.
Diferente do processo para substituir Boris Johnson, que durou em torno de três meses, o novo líder do governo britânico será definido bem mais rapidamente, sendo anunciado até o dia 28 de outubro. Veja abaixo as regras:
Qualquer candidato a ser líder do Partido Conservador deve ter indicações de um mínimo de 100 parlamentares do partido
As nomeações ficam abertas até o dia 24, segunda-feira, às 10h no horário de Brasília
Se apenas um candidato garantir as indicações de 100 legisladores, esse candidato automaticamente se torna líder do partido e primeiro-ministro do Reino Unido
Se tiver mais de um candidato, haverá uma votação entre os deputados eleitos de 11h30 até 13h30 no horário de Brasília
Caso tenha mais do que dois candidatos, o que tiver o menor número de votos será eliminado
O resultado dessa votação, indicando a preferência dos parlamentares, será anunciado às 14h no horário de Brasília
Se for necessária uma segunda votação indicativa, isso será realizado entre 14h30 e 16h30, com o resultado sendo anunciado às 17h no horário de Brasília
A votação entre os dois últimos candidatos será feita pelos cerca de 170 mil membros do Partido Conservador através de uma cédula online
Essa votação entre todos os membros do partido será encerrada na sexta-feira, dia 28 de outubro, às 7h no horário de Brasília
O resultado será anunciado no mesmo dia
Rishi Sunak, líder de origem indiana
O ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak, se mantém em primeiro na disputa para líder do Partido dos Conservadores no Reino Unido
John Sibley/Reuters
Se escolhido, Sunak seria o primeiro de origem indiana no cargo de premiê do Reino Unido. Sua família migrou para a Grã-Bretanha na década de 1960, um período em que muitas pessoas das antigas colônias britânicas foram ajudar a reconstruir o país após a Segunda Guerra Mundial.
Depois de se formar na Universidade de Oxford, ele mais tarde foi para a Universidade de Stanford, onde conheceu sua esposa Akshata Murthy, cujo pai é o bilionário indiano N. R. Narayana Murthy, fundador da gigante indiana de terceirização Infosys Ltd.
Sunak chamou a atenção nacional pela primeira vez quando, aos 39 anos, tornou-se ministro das Finanças sob a administração de Johnson assim que a pandemia chegou à Grã-Bretanha, desenvolvendo um esquema de licença para apoiar milhões de pessoas através de múltiplos bloqueios.
“Eu servi como um chanceler, ajudando a orientar nossa economia nos momentos mais difíceis”, disse Sunak em um comunicado no domingo. “Os desafios que enfrentamos agora são ainda maiores. Mas as oportunidades – se fizermos a escolha certa – são fenomenais.”
Apesar das pesquisas mostrarem que Sunak é mais popular no país, ele continua profundamente impopular com grande parte da filiação partidária depois que o culparam por derrubar Johnson.
Penny Mordaunt tenta novamente
A ministra de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, durante campanha para cargo de primeira-ministra do Reino Unido
Henry Nicholls/Reuters
Na eleição anterior, que deu vitória a Truss, Penny Mordaunt ficou em terceiro lugar. Ela foi a primeira a anunciar que tentaria concorrer novamente. Apesar de só ter apoio declarado de poucos deputados, ela disse que continuava na corrida para vencer.
“Estou muito confiante sobre o progresso que estamos fazendo. Eu digo a vocês que estou nisso para ganhar”, disse Mordaunt em uma entrevista.
Ex-secretária de Defesa, Mordaunt era uma apaixonada defensora da saída da União Europeia. Mordaunt ganhou elogios por sua atuação no parlamento na segunda-feira (17), quando defendeu o governo, mesmo que revertesse a maioria de suas políticas.
Um parlamentar descreveu Mordaunt como tendo “amplo apelo”, referindo-se à sua capacidade de encontrar amigos nas várias tribos do partido. Se ela não conseguir pelo menos 100 apoiadores, nem entrará na disputa.

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