‘Devemos combater firmemente as atividades separatistas de independência de Taiwan’, disse o chefe da diplomacia chinesa um dia após se reunir com Antony Blinken, ministro dos EUA. Wang Yi, ministro de Relações Exteriores da China, durante fala na Assembleia-geral da ONU em Nova York neste sábado (24)
Mary Altaffer/AP
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, alertou neste sábado (24) para qualquer interferência em Taiwan e disse à ONU que Pequim tomará medidas contundentes para evitar qualquer apoio externo à independência da ilha.
“Devemos combater firmemente as atividades separatistas de independência de Taiwan e dar passos mais enérgicos para nos opormos à interferência externa”, disse o chefe da diplomacia chinesa em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Wang reuniu-se na sexta-feira (23) com seu par americano, Antony Blinken, e advertiu sobre os esforços de Washington para apoiar Taiwan, no momento em que o Congresso impulsiona uma iniciativa para proporcionar ajuda militar direta à ilha.
Em seu discurso na ONU, onde Taipei não está representada, o ministro das Relações Exteriores chinês adotou a linha dura. “Qualquer movimento para obstruir a reunificação da China será esmagado pelas rodas da história”, alertou.
Uma lei aprovada pelo Congresso obriga Washington a vender a Taipé suprimentos militares, para garantir sua autodefesa contra as forças de Pequim. No entanto, os Estados Unidos mantêm o que é conhecido como “ambiguidade estratégica”, concebida tanto para evitar uma invasão chinesa quanto para dissuadir Taiwan de provocar Pequim declarando-se independente.
