A morte de uma jovem que estava sob custódia da polícia causou a primeira grande manifestação de oposição nas ruas do Irã desde que as autoridades reprimiram os protestos contra o aumento dos preços da gasolina em 2019. As manifestações rapidamente evoluíram para uma revolta popular contra o establishment clerical. Mohammad Javad Haj Ali Akbari no púlpito em 2021
Majid Asgaripour/Wana/Via Reuters
Um clérigo iraniano pediu uma ação dura nesta sexta-feira (30) contra manifestantes enfurecidos pela morte de uma jovem sob custódia policial que têm defendido a queda dos líderes do país.
“Nossa segurança é nosso privilégio distintivo. O povo iraniano exige a punição mais severa para esses desordeiros bárbaros”, disse Mohammad Javad Haj Ali Akbari, líder das orações que são realizadas às sextas-feiras em Teerã antes de uma grande reunião.
“As pessoas querem que a morte de Mahsa Amini seja esclarecida para que os inimigos não possam tirar vantagem deste incidente.”
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Amini, uma jovem de 22 anos da cidade curda iraniana de Saqez, foi presa este mês em Teerã por usar “trajes inadequados” pela polícia moral, que aplica o rígido código de vestimenta da República Islâmica para mulheres.
Sua morte causou a primeira grande manifestação de oposição nas ruas do Irã desde que as autoridades reprimiram os protestos contra o aumento dos preços da gasolina em 2019. As manifestações rapidamente evoluíram para uma revolta popular contra o establishment clerical.
A Anistia Internacional disse nesta sexta-feira que a repressão do governo às manifestações até agora levou à morte de pelo menos 52 pessoas, com centenas de feridos.
Apesar do crescente número de mortos e da repressão das autoridades, vídeos postados no Twitter mostraram manifestantes pedindo a queda da autoridade clerical.
Enquanto isso, o Irã rejeitou as críticas por seu ataque com mísseis e drones na quarta-feira na região do Curdistão iraquiano, onde os grupos dissidentes curdos iranianos armados estão baseados. Os Estados Unidos chamaram a ação de “uma violação injustificada da soberania iraquiana e da integridade territorial”.
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