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Copa da economia: veja qual país tem os melhores índices de desemprego, inflação, crescimento e distribuição

Copa da economia: veja qual país tem os melhores índices de desemprego, inflação, crescimento e distribuição


Países que integram o mundial têm passado pela crise pós-pandemia e guerra de maneiras distintas. Quer um spoiler? Brasil está entre os piores na disputa. No futebol, as coisas são difíceis de adivinhar, mas os rumos da economia – às vezes – são mais previsíveis.
Antes de continuar a ler, faça o quiz do g1 e veja se você consegue acertar os rumos desse mundial.
Na “Copa da economia” feita pelo g1 usando os dados mais recentes compilados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Coreia do Sul deixaria todo mundo no chinelo e levaria o troféu de campeã com uma boa combinação de desemprego e inflação baixos, PIB per capita e crescimento do PIB modestos, mas suficientes para se destacar em um mundo em crise.
O segundo lugar ficaria com a Suíça, que se manteve bem durante toda a competição. O país tem a menor taxa de desemprego e o maior PIB per capita e está no top 3 de menores taxas de inflação e menor relação entre dívida e PIB.
Apesar de a Suíça estar melhor na fita do que a Coreia, o indicador que decidiu a nossa final deu vantagem para o país asiático: o crescimento da economia neste ano. Nesse quesito, a Suíça despenca no raking até a 27ª posição.
Veja, abaixo, como seria a disputa a cada fase:
Copa da economia
g1
Fase de grupos: Inflação
Quanto maior é a inflação de um país, menor é o poder de compra das pessoas. Em 2022, os brasileiros falaram disso o ano inteiro, principalmente com o aumento dos preços no supermercado. Mas essa não foi uma exclusividade nossa.
G1 mostra a queda do poder de compra de R$ 200 em dois anos no Brasil
Sobretudo por causa da guerra da Ucrânia, produtos básicos ficaram mais caros – principalmente alimentos, combustíveis e energia – em muitos países.
Na nossa Copa, os que passaram da fase de grupos (e, portanto, devem fechar o ano com as menores taxas de inflação pelas estimativas do FMI) foram:
A: Equador e Catar
B: Estados Unidos e Inglaterra
C: Arábia Saudita e México
D: França e Austrália
E: Japão e Espanha
F: Marrocos e Canadá
G: Suíça e Camarões
H: Coreia do Sul e Uruguai
Como você percebeu, o Brasil não sairia nem da fase de grupos, com uma taxa de inflação estimada em 6%. Tudo bem que estar na mesma chave da Suíça dificultou nossa vida 😢.
Oitavas de final: Desemprego
O desemprego é uma das principais medições das economias, pois indica a capacidade de produção nos países. Altas taxas são um mau sinal.
Na competição do desemprego, os vencedores foram:
Suíça (2,2%)
Japão (2,6%)
Coreia do Sul (3%)
México (3,4%)
Austrália (3,6%)
Estados Unidos (3,7%)
Inglaterra (3,8%)
Marrocos (11,1%)
Este foi um dos índices com a maior ausência de dados para os países da Copa. Não havia estimativa para Arábia Saudita, Tunísia, Camarões, Gana, Catar e Senegal. Dentre os países com dados disponíveis, o Brasil estava entre as piores posições, com uma taxa de desemprego estimada em 9,8%.
Quartas: Dívida líquida/PIB
A dívida líquida é o saldo das dívidas e dos créditos do setor público. O indicador do FMI, usado aqui, traz a porcentagem da dívida líquida em relação ao PIB. Quanto mais baixa é a relação entre dívida e PIB, melhor. Isso significa que o país produz bens e serviços suficientes para superar as dívidas.
Neste caso, os países com a porcentagem mais baixa foram:
Suíça (19,7%)
Coreia do Sul (23,6%)
Austrália (34,2%)
México (49,1%)
Na semi, a briga vai ser entre Austrália e Suíça de um lado e Coreia do Sul e México do outro.
Neste quesito, o Brasil tem um desempenho médio. A relação entre dívida líquida e PIB estimada para 2022 é de 58,4%. No Japão por exemplo, essa relação é 172%. Em Portugal, 108%. E na França, 100%.
Semifinais: PIB per capita
O PIB per capita é o resultado da relação entre a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e o número de habitantes. A estimativa do FMI é que esse valor seja superior a US$ 92 mil na Suíça, país do mundial com o melhor resultado. Por isso, ela desbanca a Austrália, cujo valor é US$ 66,4 mil.
O outro lado da disputa tem índices bem menores. A Coreia do Sul vence, com US$ 33 mil. Já no México, o PIB per capita é US$ 10,9 mil.
Por isso, nossa final vai ser disputada entre Suíça e Coreia do Sul.
Na lista geral dos países presentes no mundial, o Brasil ocupa a 26ª posição, com pouco mais de US$ 7,5 mil. Na lanterna, estão Camarões e Senegal, com pouco mais de US$ 1,5 mil.
Final: Crescimento do PIB
O crescimento do PIB indica o quanto aquele país cresceu em um período e leva em conta atividades de comércio, serviços e indústria. Esse é mais um fator afetado pela crise e pela subida de preços. Com o poder de compra corroído, as pessoas deixaram de gastar e consumir.
Este foi o único indicador no qual a Coreia do Sul desbancou a Suíça. O país asiático tem crescimento do PIB estimado em 2,6%. Já o europeu, 2,2%. São cifras pouco expressivas, mas que refletem o cenário de estagnação global.
Nesse quesito, o Brasil está um pouco acima deles: a estimativa do FMI para o Brasil é que o país cresça 2,8% este ano.

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