Avaliação de parte da base do presidente é que mudança pode “chamar” crise sobre violência para o governo federal
Embora integrantes do PT defendam abertamente o fatiamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), aliados próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedem cautela.
O argumento é que a mudança, neste momento, pode “chamar” para o governo federal um crise de segurança que deveria ser de responsabilidade dos estados.
Alguns integrantes do PT têm dito, reservadamente, que o Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas, por exemplo, lançado nesta segunda-feira (2) pelo ministro Flávio Dino (PSB), é falho.
Essa mesma ala petista afirma que a proposta não atende demandas das camadas mais pobres da população.
Além disso, há críticas ao discurso de enfrentamento à violência, sob o argumento de que isso pode aumentar ainda mais o número de mortos em operações policiais.
Auxiliares de Dino, no entanto, afirmam que essas críticas só existem para tentar “atrapalhar” a indicação dele ao Supremo Tribunal Federal (STF) e para garantir que o PT fique com o comando da pasta.
O ministro da Justiça é um dos cotados para herdar a vaga deixa pela ministra Rosa Weber.
Disputa interna
À CNN, o secretário de Comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto, defendeu publicamente o desmembramento da Justiça e Segurança Pública.
“Está na hora de desmembrar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. A Justiça já tem muitas atribuições e nós precisamos combater as organizações criminosas que atuam internacionalmente”, disse.
Fonte: CNN Brasil