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Haddad e ministros da Fazenda devem se reunir na China para encontro do banco dos Brics

Haddad e ministros da Fazenda devem se reunir na China para encontro do banco dos Brics

A reunião é uma demanda do presidente Lula para trazer prestígio ao banco recém-assumido por Dilma Rousseff

A pedido do presidente Lula, os ministros da Fazenda dos países dos Brics devem se encontrar para uma reunião do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), recém-assumido por Dilma Rousseff. O encontro deve acontecer nos dias 30 e 31 de maio, na sede do banco, em Shangai, na China. Segundo fontes do governo, os ministros de todos os países do Brics – África do Sul, Rússia, China, Índia e Brasil – já confirmaram presença.

Lula participou da posse de Dilma à frente do NBD, o chamado banco dos Brics, na viagem à China em abril. Agora, demanda a reunião entre os ministros da Fazenda para promover as estratégias do banco e dar peso à liderança da ex-presidente à frente da instituição.

Entre os temas abordados, a Argentina deve ser um dos destaques. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem reiterando a intenção do governo brasileiro em reunir ajuda internacional para auxiliar o país vizinho a enfrentar a crise econômica, marcada por uma inflação que já passa de 100% ao ano.

Há uma tentativa do governo de posicionar também Haddad nas discussões em âmbito internacional. É a primeira vez que um ministro da Fazenda brasileiro se encontra com ministros dos Brics depois de se encontrar com os ministros da Fazenda do G7.

A ideia seria discutir como o banco pode ser usado para apoiar a Argentina e também outros países. O governo vem insistindo no assunto. A crise argentina foi abordada por Haddad em reunião com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Giorgeva, em sua participação no G7 financeiro, que antecedeu a cúpula desta semana em Hiroshima.

Na ocasião, o ministro disse que abordou o assunto porque a solução passa pelo FMI. O governo Lula tem se posicionando a favor da reforma de organismos multilaterais como o Banco Mundial e o FMI. Dentro do governo, há uma visão de que essas entidades exigem contrapartidas aos empréstimos, como privatizações, que atendem aos interesses dos países ricos – seus principais financiadores – e não condizem com a realidade dos emergentes.

Tanto a visão crítica aos organismos multilaterais, quanto a indicação de Dilma Rousseff ao banco dos Brics, estão ligadas à intenção de Lula de fortalecer a aliança do Brasil com países do chamado Sul global e reduzir a dependência de países avançados, fortalecendo a posição do Brasil como um líder regional.

Os ministros também devem discutir estratégias de fortalecimento do banco, por meio da inserção de novos membros e de captação de novas receitas.

Segundo fontes que acompanham as discussões, será uma oportunidade para a presidente Dilma Rousseff apresentar o plano de voo do banco e os eixos da sua gestão.

Fonte: CNN Brasil

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