Na segunda-feira, índice fechou em alta de 0,81%, a 113.161 pontos. Painel da B3, em São Paulo
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera estável nesta quarta-feira (16), à medida que investidores aguardavam definições sobre os gastos fora do teto que serão incluídos na PEC da Transição e sobre quem será o ministro da Fazenda do governo Lula. Predominam ainda preocupações sobre a economia global.
Às 10h22, o Ibovespa subia 0,08%%, a 112.760 pontos. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o Ibovespa subiu 0,81%, a 113.161 pontos. Com o resultado, o índice acumula queda de 2,48% no mês. No ano, no entanto, ainda sobe 7,96%.
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O que está mexendo com os mercados?
Os mercados seguem atentos às incertezas em relação ao controle das contas públicas no futuro governo Lula. Além da questão fiscal, preocupa a indefinição da equipe econômica a partir do próximo ano.
Para cumprir com as principais promessas de campanha – com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um auxílio extra de R$ 150 para crianças pequenas e reajuste do salário mínimo –, o governo de transição planeja criar a PEC da Transição, que liberaria cerca de R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023 além do teto de gastos.
Para economistas, o furo do teto de gastos afugenta investidores, leva o país ao endividamento e traz inflação maior, o que força o Banco Central a manter as taxas de juros elevadas e desvaloriza os ativos brasileiros.
No cenário externo, a China e os Estados Unidos exerciam as maiores influências. “Os mercados são impulsionados pelo abrandamento da inflação nos Estados Unidos e otimismo de ver a China adotar políticas mais favoráveis ao crescimento”, disse Lee Hardman, analista de moeda no MUFG.
Investidores repercutiam os ajustes nas medidas de prevenção da Covid na China, um pacote de ajuda ao setor imobiliário chinês e um arrefecimento nas tensões entre os EUA e a China.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, realizaram uma reunião de três horas na segunda-feira em Bali, no G20, e o anúncio de comunicações mais frequentes entre os dois países foi bem recebida pelos mercados.
O Federal Reserve (BC dos EUA) pode abrandar o ritmo dos aumentos de juros em sua próxima reunião, mas isso não deve ser visto como um “abrandamento” em seu compromisso de reduzir a inflação, disse o diretor do banco central norte-americano Christopher Waller.
Relatório divulgado na semana passada que mostrou uma inflação mais lenta do que o esperado em outubro foi “uma boa notícia”, mas “apenas um dado” que precisa ser seguido por outras leituras semelhantes para mostrar de forma convincente que a inflação está diminuindo, afirmou.
