A polícia indonésia disse que os responsáveis pelo clube não cumpriram os requisitos de segurança. Briga em estádio de futebol deixa mais de 100 mortos na Indonésia
Seis pessoas, incluindo policiais e organizadores de partidas, enfrentam acusações criminais na Indonésia por causa do tumulto em um jogo de futebol no fim de semana que matou 131 pessoas, disse o chefe de polícia do país nesta quinta-feira (6).
A debandada de sábado (1º) na região de Malang, no leste de Java, foi um dos piores desastres esportivos do mundo, quando centenas de fãs de futebol tentaram fugir de um estádio após o disparo de gás lacrimogêneo pela polícia para tentar conter torcedores.
Inicialmente as autoridades haviam anunciado mais de 170 mortes, mas posteriormente corrigiram o número para 131.
O chefe de polícia Listyo Sigit Prabowo disse em uma coletiva de imprensa que os suspeitos incluem três policiais responsáveis pelo uso de gás lacrimogêneo, o chefe do comitê organizador e o chefe de segurança do clube Arema FC. Ele disse que mais pessoas podem ser indiciadas.
Eles são acusados por negligência criminal causando a morte, o que leva uma pena máxima de cinco anos de prisão se forem considerados culpados.
A polícia disse que os responsáveis pelo clube não cumpriram os requisitos de segurança e permitiram uma multidão maior do que a capacidade do estádio, enquanto funcionários haviam abandonado as saídas.
A polícia disse que as saídas onde as pessoas que fugiram eram muito estreitas para passar, enquanto a associação de futebol do país disse que algumas saídas estavam trancadas.
A investigação ocorre quando o presidente Joko Widodo ordenou uma auditoria no estádio em todo o país para garantir que sua segurança esteja dentro do código, acrescentando que “portas trancadas e escadas íngremes” foram fatores-chave no incidente.
Um carro danificado é visto dentro do estádio Kanjuruhan após tragédia que deixou mais de 100 mortos na Indonésia
Antara Foto/Ari Bowo Sucipto via REUTERS
Pétalas são colocadas em um monumento às vítimas da tragédia no estádio Kanjuruhan, na Indonésia
REUTERS/Willy Kurniawan
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