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Investigações do 8/1 e tentativa de golpe dificultam fim da polarização, diz Barroso

Investigações do 8/1 e tentativa de golpe dificultam fim da polarização, diz Barroso

Presidente do STF defende regulação das plataformas digitais e da inteligência artificial, e afirma esperar que normas venham do Congresso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (13) que o Brasil vive um momento de “progressiva volta à normalidade” depois de o país resistir ao “ímpeto do populismo autoritário antidemocrático”.

Para o magistrado, essa “volta à normalidade” é progressiva porque as investigações na Corte sobre os atos de 8 de janeiro e a suposta tentativa de golpe para manter no poder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “dificultam o fim da polarização e a desejável pacificação da sociedade brasileira”.

Barroso não citou o nome de Bolsonaro. Ele disse que o STF conseguiu “resistir e sobreviver” diante das investidas. “Em outros países, os tribunais foram inteiramente capturados”, afirmou.

A declaração foi feita durante o 9º Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, realizado em Curitiba. A fala do ministro foi gravada no STF em vídeo e reproduzida no evento.

Regulação de plataformas e inteligência artificial
O presidente do STF também defendeu a regulação das plataformas digitais. A bandeira tem a concordância de ministros da Corte. Um dos mais eloquentes defensores da pauta é Alexandre de Moraes, que deixou o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no começo de junho.

Barroso declarou que espera e deseja que essa regulação seja feita pelo Congresso. “Em algum momento vamos ter que julgar aqui no Supremo, se não vier [do Legislativo]”, disse.

“A inteligência artificial, da mesma forma, precisa ser regulada, para que ela permaneça num caminho ético que faça bem às causas da humanidade. E todos os democratas precisam ter a compreensão de que o extremismo, o populismo autoritário, flui pelos desvãos da democracia, pelas promessas não cumpridas de prosperidade e de igualdade de oportunidade para todos”.

Segundo o ministro, os “excluídos” são “mais facilmente capturados pelas ideologias radicais antidemocráticas”.

Fonte: CNN Brasil

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