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Naufrágio de barco de migrantes na Síria deixa 77 mortos

Naufrágio de barco de migrantes na Síria deixa 77 mortos


Segundo a ONU, pelo menos 38 embarcações com mais de 1.500 pessoas saíram ou tentaram sair ilegalmente do Líbano por via marítima desde 2020. Corpo de náufrago na Síria é colocado em carro, em 23 de setembro de 2022
Syrian Red Crescent /Via Reuters
Ao menos 77 migrantes morreram em um naufrágio na costa da Síria, informou nesta sexta-feira (23) o ministro da Saúde da Síria. O barco naufragou no Mediterrâneo na quinta-feira na costa da cidade síria de Tartus.
A embarcação, na verdade, havia zarpado do Líbano. O Líbano se tornou um ponto de partida para embarcações ilegais desde que começou a última a crise econômica e financeira no país, em 2019.
Os refugiados tentam cruzar o Mediterrâneo em embarcações improvisadas rumo aos países europeus.
Segundo a ONU, pelo menos 38 embarcações com mais de 1.500 pessoas saíram ou tentaram sair ilegalmente do Líbano por via marítima desde 2020.
De acordo com a televisão síria, cerca de 150 pessoas, principalmente libaneses e sírios, estavam a bordo do barco.
O ministro da Saúde, Hassan Al Ghubach disse que 20 sobreviventes estão internados. Entre os resgatados estão cinco libaneses, afirmou o ministro de Transporte, Ali Hamie.
Refugiados palestinos do acampamento de Nahr el-bared, no norte do Líbano, também estão entre as vítimas, segundo responsáveis das instalações.
As autoridades continuam buscando possíveis sobreviventes do naufrágio.
Segundo o ministro sírio da Saúde, a Marinha russa participou das operações de resgate.
Travessia perigosa
Parentes das vítimas viajaram do Líbano para identificar os mortos.
Um sobreviventes, Wissam Al Talawi, perdeu duas filhas no acidente —a mulher e outros dois filhos ainda estão desaparecidos.
A família era da região de Akkar, no norte do Líbano. Os corpos das duas meninas, de 5 e 9 anos, foram repatriados para o Líbano e enterrados nesta sexta-feira.
Em Arida, posto fronteiriço entre o Líbano e a Síria, dezenas de parentes das vítimas esperavam para recuperar os corpos dos familiares.
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