Presidente russo disse que assinou decreto com “correções” à campanha de recrutamento de reservistas. Alunos de universidades privadas credenciadas e de pós-gradução estariam entre os liberados. Jovem se despede dos pais após ser recrutado
Yuri Kochetkov/EPA-EFE
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (05/10) em uma transmissão na televisão estatal que assinou um decreto fazendo “correções” à campanha de mobilização parcial de reservistas anunciada em 21 de setembro.
Em uma reunião com professores, Putin afirmou que o decreto excluiria o recrutamento de algumas categorias de estudantes, incluindo matriculados em universidades privadas credenciadas e alguns estudantes de pós-graduação.
Putin também se disse confiante sobre a situação militar das tropas russas – apesar dos novos reveses militares sofridos nas regiões ucranianas anexadas ilegalmente por Moscou. Segundo ele, a situação deve se “estabilizar” em breve.
O anúncio da convocação de 300 mil reservistas pela Rússia há duas semanas provocou a fuga em massa de russos do país, por terra e ar, com filas nas fronteiras, voos lotados e explosão no preço das passagens aéreas. Além disso, protestos contra a mobilização parcial se espalharam pelo país, com milhares de presos.
Filas enormes de carros se formaram na fronteira com a Geórgia após anúncio da mobilização pacial
AP/picture alliance
Para tentar conter a saída de cidadãos, o Kremlin anunciou, uma semana depois, que deixaria de emitir passaportes a reservistas convocados. Os russos precisam de um passaporte internacional para viajar para a maioria dos países, embora possam se deslocar para nações como Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão com um passaporte interno, equivalente a uma carteira de identidade.
Embora Putin tenha garantido que apenas quem já têm experiência militar ou competências relevantes para o exército seria mobilizado, o recrutamento de idosos, doentes e estudantes, supostamente isentos, está provocando mal-estar entre a população.
Aumento da venda de antidepressivos
Na semana do anúncio da mobilização, a venda de antidepressivos nas farmácias russas aumentou expressivamente. De 19 a 25 de setembro, as vendas cresceram 120%, informou a agência de notícias estatal russa TASS, citando números da empresa química DSM.
A chefe da Aliança de Associações Farmacêuticas, Viktoria Presnyakova, destacou à agência estatal que, desde o início da guerra da Ucrânia no final de fevereiro, a demanda por antidepressivos, remédios para dormir e tranquilizantes na Rússia aumentou significativamente em relação aos anos anteriores.
Ela atribuiu o fato à “situação geopolítica e econômica” no país. Muitos dos pacientes tiveram esses medicamentos prescritos pela primeira vez – no entanto, a população também vem comprando esses remédios sem receita.
Longas filas de carro se formam na fronteira entre Rússia e Georgia
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