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Um dia após pior ataque em Kiev, Rússia bombardeia cidades estratégicas na Ucrânia

Um dia após pior ataque em Kiev, Rússia bombardeia cidades estratégicas na Ucrânia


Ataques ocorreram em Zaporizhzhia, cidade onde está localizada a maior usina nuclear da Europa, em Lviv, perto da fronteira com a Polônia. Uma pessoa morreu. Bombeiro ajuda mulher ferida no ataque da Rússia à capital ucraniana Kiev
State Emergency Service of Ukraine / AFP
Um dia após um dos piores ataques russos a Kiev, a Ucrânia anunciou nesta terça-feira (11) novos bombardeios a cidades estratégicas do país. Mísseis foram lançados contra Lviv – que fica próxima à fronteira com a Polônia -Zaporizhzhia, onde fica a maior usina nuclear da Europa.
Segundo autoridades de Zaporizhzhia, no sul do país, ao menos 12 mísseis foram lançados contra a cidade, onde tropas russas e ucranianas travam uma batalha pelo controle da cidade. Uma pessoa morreu, segundo o serviço de emergência local.
Já o prefeito de Lviv disse que os bombardeios atingiram a infraestrutura civil da cidade, incluindo a eletrecidade. Ainda não havia registro de vítimas na cidade até a última atualização desta notícia.
A Rússia também não havia se pronunciado sobre o novo ataque.
Ataque a Kiev
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Na segunda-feira (10), depois de mais de três meses sem ataques, Kiev voltou a ser fortemente bombardeada pela Rússia . Em uma das piores investidas contra a capital ucraniana desde o começo da guerra, iniciada em fevereiro, 14 civis morreram e 97 ficaram feridos, e mísseis foram disparados no centro da capital ucraniana. Moscou atacou ainda outras cidades grandes do país, indicando uma nova fase de escalada do conflito, que já dura sete meses e meio.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os mísseis foram uma resposta ao bombardeio, no sábado (8), de uma ponte na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Putin acusou a Ucrânia pela autoria da explosão e ameaçou com uma onda de novas investidas.
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Nesta terça-feira (11), a agência de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o bombardeio da Rússia a Kiev na segunda-feira (10) “aparentam ter alvejado infraestruturas civis”, o que indica violação de leis internacionais.
Por conta da nova ofensiva de Moscou, líderes do G7 – o clube das nações mais ricas do mundo, que recentemente excluiu a Rússia – anunciaram uma cúpula virtual de emergência, que acontecerá nesta terça-feira com a participação de Zelensky.
O ataque de segunda-feira surpreendeu por ter acontecido na capital ucraniana, que, apesar de ter sofrido intensos bombardeios ​​no início da guerra, vive em relativa calma desde o fim de abril. À época, a Rússia abandonou uma investida contra Kiev por causa da forte resistência ucraniana, impulsionada pelo recebimento armas ocidentais.
Mas, segundo Zelensky, os ucranianos já se preparavam para a possibilidade de retaliação de Vladimir Putin, por conta do ataque à ponte da Crimeia no fim de semana. Sirenes alertaram para ataques aéreos em todo o país.
Explosões destroem parte da única ponte entre Rússia e Crimeia
A ponte da Crimeia atingida por uma explosão é a única ligação por terra entre a Rússia e a península anexada, e foi inaugurada pelo próprio Vladimir Putin em 2018.
Portanto, a explosão também tem sido vista como um ataque ao orgulho de Putin – o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já disse que a guerra da Ucrânia começou e vai terminar pela Crimeia.
No domingo (9), um ataque com mísseis russos na cidade de Zaporizhzhia atingiu um prédio de apartamentos e várias casas particulares, matando 17 pessoas e ferindo 60, disseram autoridades ucranianas.
As explosões em Kiev marcam também uma escalada das tensões na guerra, que nos últimos meses ficou focada em investidas russas no leste e no sul. Em setembro, no entanto, Kiev anunciou um ambicioso plano de retomada de diversas regiões em território ucraniano invadidas por Moscou. Com a ajuda militar e estratégica de países do Ocidente, o governo ucraniano afirmou ter reconquistado cerca de 10% das áreas ocupadas por tropas russas.
‘Isso não é um blefe’, diz Vladimir Putin durante pronunciamento
Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, fez um pronunciamento à nação pela TV anunciando a convocação de cerca de 300 mil reservistas no país inteiro, o que gerou uma grande onda de fuga de jovens russos.
Dias depois, quatro regiões da Ucrânia – Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk – foram submetidas a um referendo organizado e realizado por Moscou sobre se os cidadãos locais queriam se separar da Ucrânia e se anexar à Rússia.
Putin anunciou vitória na consulta pública e, há duas semanas, assinou a anexação dos quatro territórios em uma cerimônia transmitida por telões em Moscou. A ONU e a comunidade internacional não reconhecem a anexação.

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