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Unicamp 2023: vestibular tem baixas de candidatos em famílias com até 5 salários, e de fora de SP; veja perfil


Primeira fase acontece em 6 de novembro, e a segunda está marcada para 11 e 12 de dezembro. Universidade estadual divulgou nesta sexta (23) que recebeu 61,6 mil inscrições; confira detalhes. Estudantes no campus da Unicamp
Antonio Scarpinetti / Unicamp
O grupo de candidatos inscritos no vestibular 2023 da Unicamp que pertencem a famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos diminuiu pelo segundo ano seguido, de acordo com levantamento divulgado pela comissão organizadora (Comvest) nesta sexta-feira (23). Além disso, no comparativo com a edição anterior, houve redução na quantidade de estudantes de fora do estado de São Paulo interessados na disputa por 2.540 vagas em 69 cursos. Veja abaixo detalhes do perfil.
O processo seletivo recebeu 61,6 mil inscrições. Deste total, 30,2% são estudantes da rede pública, o menor índice em seis anos e igual a 2017. Confira aqui detalhes.
A primeira fase terá avaliação em 6 de novembro, e a segunda fase será realizada pela primeira vez no mês de dezembro, nos dias 11 e 12 – período em meio à realização da Copa do Mundo no Catar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro. O calendário foi definido de maneira conjunta entre responsáveis pelos vestibulares das universidades públicas de São Paulo, para evitar que datas coincidam e ainda facilitar a participação de candidatos nos exames.
Dados econômicos
O levantamento da Comvest mostra que 43,6% dos inscritos estão em famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 6.060. Veja abaixo a distribuição por faixa.
Nas edições 2022 e 2021 do exame, o grupo representava, respectivamente, 44% e 49,9% dos interessados em oportunidades na graduação da Unicamp.
“Tem a ver com a crise econômica como um todo. Muitas vezes não é apenas a questão da taxa de inscrição porque houve processo de isenção para ser solicitado, e já tínhamos um indicativo da queda neste perfil, sobretudo quem vem de escola pública, e nós temos um cenário em que as famílias ficam inseguras muitas vezes porque não sabem as políticas de apoio que a universidade oferece para que os estudantes possam vir estudar aqui”, avaliou o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto.
As isenções contemplam 12,3% do total de inscritos, índice superior aos 11,5% do exame anterior.
Perfil
A Comvest também destacou outros indicadores para mostrar o perfil dos inscritos:
58% dos inscritos são do sexo feminino, e 42% são do sexo masculino;
71,9% têm entre 17 e 19 anos;
Cor/raça: branca (75%), parda (15,8%), amarela (4,5%), preta (3,8%), indígena (0,1%), não declarada (0,8%);
Inscrições por área: medicina (41%), exatas (26,7%), humanas (19,4%), biológicas (12,9%);
Origem dos candidatos
Outro dado divulgado pela universidade estadual refere-se ao local de origem dos candidatos. Neste ano, o grupo residente fora do estado de São Paulo equivale a 16,3%, enquanto nas duas edições anteriores eram, respectivamente, 18,7% e 18,8%. Com isso, as participações de estudantes em cidades paulistas aumentaram, incluindo regiões de Campinas e da capital, e de outros municípios.
Os locais de prova da primeira fase serão divulgados pela Comvest no dia 25 de outubro. O exame segue a logística do vestibular anterior, informou a Comvest. As provas da 1ª fase ocorrem em 31 cidades de São Paulo, além de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Confira abaixo o cronograma completo.
“Tenho que notar especificamente o caso do estado do Ceará, em que a universidade estadual marcou as provas nos mesmos dias em que o vestibular da Unicamp será aplicado. Em Salvador houve aumento de inscritos, mas houve queda significativa em Curitiba e vamos tentar entender quais as motivações. Muitas vezes são candidatos que viajam de outras cidades, dentro do estado do Paraná, para chegar até a cidade e fazer as provas. Tudo isso é um processo, agora que temos os dados, de interpretar e ver o que precisamos planejar para a próxima etapa”, avaliou o diretor da comissão.
O diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto
Antoninho Perri / Unicamp
Os dez cursos mais concorridos
Medicina – 293,87 candidatos por vaga (c/v)
Arquitetura e urbanismo – 83
Ciência da computação – 75,85
Ciências biológicas – 49,79
Engenharia de computação – 44,7
Comunicação social – midialogia – 39,58
Farmácia – 32,5
Enfermagem – 28,5
Ciências Econômicas (integral) – 29,61
História – 27,47
O vestibular
O diretor da comissão salientou que o modelo de prova será o mesmo da edição anterior, quando a primeira fase começou a ser elaborada com 72 questões a serem resolvidas pelo período de cinco horas. Já a segunda fase continuará a ser aplicada em dois dias, com provas comuns a todos os candidatos, incluindo a de redação, e um dia em que aborda os conhecimentos específicos.
A primeira lista de aprovados será divulgada em fevereiro de 2023, com matrícula online no período entre os dias 7 e 9. O semestre letivo começa no mês de março e a Unicamp prevê até oito chamadas de candidatos aprovados no processo seletivo.
Provas de habilidades
Antes da primeira fase, informou a Unicamp, haverá provas de habilidades específicas para quem planeja cursar música (setembro e outubro). Para os demais cursos que exigem provas específicas – arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança – elas serão entre 4 e 6 de janeiro.
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Cronograma
1ª fase: 6 de novembro de 2022;
2ª fase: 11 e 12 de dezembro de 2022;
Provas de habilidades específicas: 4 a 6 de janeiro de 2023;
Divulgação da primeira chamada: 6 de fevereiro de 2023;
Matrícula online da primeira chamada: 7 a 9 de fevereiro de 2023;
Obras literárias
A lista de obras literárias obrigatórias no vestibular 2023 é a mesma do exame anterior:
“Carta de Achamento do Brasil” – Pero Vaz de Caminha;
“Niketche – uma História de Poligamia” – Paulina Chiziane;
“Tarde” – Olavo Bilac;
“Bons dias” – Machado de Assis;
“Sonetos escolhidos” – Luís de Camões;
Sobrevivendo no inferno” – Racionais MC’s;
“O seminário dos ratos” – Lygia Fagundes Telles (ficou de fora em 2021 após redução);
“O marinheiro” – Fernando Pessoa;
“A falência” – Júlia Lopes de Almeida;
“O ateneu” – Raul Pompeia;
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