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Unicamp diz que incluiu vagas de alunos desligados por falta de vacina contra Covid em processo seletivo para remanescentes

Unicamp diz que incluiu vagas de alunos desligados por falta de vacina contra Covid em processo seletivo para remanescentes


Segundo universidade, 1.311 estudantes que não apresentaram o comprovante da imunização foram desligados. Reitoria afirma que uso do termo ‘expulsão’ é incorreto. Em 14 de março, alunos da Unicamp foram recepcionados no retorno presencial após 2 anos
Giuliano Tamura
A Pró-Reitoria de Graduação da Unicamp emitiu nota nesta sexta-feira (7) em que afirma ter disponibilizado vagas geradas pelos desligamentos de alunos que não comprovaram imunização contra Covid-19 para o processo seletivo de vagas remanescentes, aberto em 25 de agosto.
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O processo seletivo deste ano teve crescimento de 73% na quantidade de vagas remanescentes em relação ao ano passado. O número total foi de 863. Na quinta-feira (6), o g1 mostrou que a universidade desligou 1.311 alunos que não apresentaram o comprovante da vacina.
A pró-reitoria disse, nesta sexta, que foram concedidas diversas possibilidades de regularização da situação ao longo do ano.
“Mais de 33.000 estudantes (em torno de 98%) comprovaram seu status de vacinação”, disse a pró-reitoria.
A Unicamp também afirma que a estimativas de alguns cursos e unidades mostram que a maior parte dos casos de falta de comprovação vacinal referia-se a estudantes que já tinham parado de frequentar os cursos por outros motivos.
Não é expulsão, diz Unicamp
A Pró-reitoria defendeu, ainda, que os desligamentos não podem ser considerados expulsões de alunos porque foram seguidas as normas adotadas pelas instâncias representativas da universidade, “das quais participam servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes”.
“Desse modo, não é correto dizer que os estudantes foram expulsos: parte importante evadiu por outras razões, parte optou pelo desligamento ao não preencher os requisitos de admissão na universidade pública, comprometida com a ciência e com a vida”.
Segundo a pró-reitoria, antes dos desligamentos, um “forte” trabalho de busca ativa foi realizado neste ano para entender porque parte dos alunos não voltaram para as aulas.
“Após análise das situações e nos casos possíveis, foram realizadas ações amplamente divulgadas para que os estudantes retomassem os cursos”, disse.
Alunos novos também estão na lista dos que foram desligados
Giuliano Tamura/EPTV
Os desligamentos
Segundo a universidade, as matrículas começaram em fevereiro e foram até abril, e mesmo assim parte dos estudantes não entregou a comprovação da imunização. As aulas começaram em março, e em fevereiro 9,1% dos alunos ainda estavam com a pendência.
“É fundamental salientar que decisões da Unicamp passaram por todas as instâncias administrativas e de câmaras que são compostas por alunos, funcionários e docentes, disse a instituição, que ressaltou que “hoje não há nenhum aluno ativo na universidade sem comprovação vacinal.”
Do total, 73,68% dos desligados são da graduação, incluindo quem foi aprovado no Vestibular 2022 e também não cumpriu a medida. Os desligados perderam o vínculo com a Unicamp e não podem ser considerados expulsos, porque não houve processo disciplinar a respeito das negativas à vacinação.
Total de alunos desligados no início do ano letivo:
Graduação/Tecnologia: 966
Lato Sensu: 8
Stricto Sensu: 337
Detalhes sobre os cursos que mais tiveram estudantes desligados e quantos dos casos eram de rematrículas não foram divulgados.
Regra também vale para funcionários
A medida foi divulgada pela Unicamp no fim do ano passado, e também vale para servidores e funcionários. O g1 questionou quantos desligamentos de professores e demais colaboradores ocorreram, mas a Unicamp se negou a passar a informação.
A universidade informou, no entanto, que os alunos e servidores que não puderam ser vacinados por motivos de saúde apresentaram atestado médico. “Suas matrículas (alunos) e reinício das atividades (servidores docentes e não-docentes) não foram prejudicados”, disse.
Ao todo, a universidade tem cerca de 35 mil alunos matriculados na graduação e na pós-graduação, além de 1.934 docentes e 6.489 funcionários.
A Unicamp informou que disponibiliza o imunizante contra Covid-19 e as demais vacinas do cronograma nacional internamente para alunos e funcionários, no Centro de Saúde da Comunidade.
Vacinação de estudantes e funcionários da Unicamp contra Covid-19 dentro da universidade em Campinas
Antonio Scarpinetti/SEC/Unicamp
Norma foi publicada em 2021
A norma foi divulgada pela Unicamp em 2021 e prevê o seguinte:
Vale para alunos de graduação, pós, extensão e de colégios técnicos.
Alunos antigos precisam ter ao menos o “esquema vacinal completo (duas doses ou dose única)”
Medida é necessária para frequentar salas, laboratórios, restaurantes, bibliotecas, quadras esportivas, ambientes acadêmicos, moradia estudantil e outras áreas dos campi.
Alunos novos precisavam apresentar ao menos a comprovação de uma dose de vacina contra a Covid-19 para realizar matrícula. A regra vale para todos os níveis.
“Artigo 2º – Todos os alunos regulares de graduação, pós-graduação, extensão e dos Colégios Técnicos deverão, obrigatoriamente, apresentar a comprovação de, no mínimo, uma dose de vacina contra a Covid-19, previamente e como condição para sua matrícula”, diz trecho da Deliberação CEPE-A-021/2021.
Vista aérea da Unicamp, em Campinas
Antoninho Perri/Ascom/Unicamp
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