Governistas e representantes da indústria são contra a manutenção da taxa, por entenderem que há espaço para corte sem risco de inflação. A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros da economia em 13,75% gerou repercussão entre políticos, representantes do setor produtivo e economistas.
A decisão se deu em meio a turbulências no sistema bancário global e a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros do governo ao atual nível da taxa de juros.
Em nota emitida após reunião, o Comitê afirmou que, embora a reoneração dos combustíveis tenha reduzido a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo, ainda permanecem alguns fatores de risco para o cenário inflacionário.
Copom mantém taxa básica de juros em 13,75% ao ano
Veja as opiniões sobre a decisão do Copom:
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Para a CNI, a manutenção da taxa atrapalha o setor produtivo:
“O cenário atual indica que o Copom já deveria ter reduzido a Selic nesta reunião. A CNI espera que esse processo de redução da Selic se inicie na próxima reunião. A Confederação acredita que a manutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica”, afirmou a CNI em nota.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT
A deputada e presidente do PT voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“Roberto Campos, explica: como empresários podem captar recursos c/ os maiores juros do mundo? Como investir se o dinheiro aplicado rende 8% reais? Vc ñ entendeu seu compromisso c/ o Brasil? Seus juros só beneficiam rentismo e quem ñ produz. Sua política monetária já foi derrotada”, escreveu a parlamentar no Twitter.
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