O comitê norueguês do Nobel anuncia nesta sexta-feira quem é o vencedor do Nobel da Paz de 2022. A medalha do Prêmio Nobel.
Angela Weiss/Pool Photo via AP, File
Nesta sexta-feira (7), o comitê norueguês do Nobel vai anunciar quem é o vencedor do prêmio da Paz da entidade. A nomeação está agendada para o começo da manhã.
Milhares de pessoas podem propor nomes para serem considerados para o Nobel da Paz. Entre aqueles que sugerem os candidatos há membros do Parlamento da Noruega, professores universitários e também os últimos vencedores do prêmio. Veja abaixo que foram os 10 últimos vencedores.
2021: Os jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dimitri Muratov (Rússia), venceram “por seus esforços para proteger a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e a paz duradoura”.
2020: O Programa Mundial de Alimentos (PMA), da ONU, por “seus esforços na luta contra a fome, sua contribuição para melhorar as condições de paz nas zonas de conflito e por ter impulsionado os esforços para não transformar a fome em uma arma de guerra”.
2019: Abiy Ahmed, primeiro-ministro etíope, pela reconciliação entre seu país e a Eritreia (posteriormente, a Etiópia entrou em guerra civil).
2018: O ginecologista Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e a yazidi Nadia Murad, por seus esforços para pôr fim ao uso da violência sexual como arma de guerra.
2017: Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês), por sua luta para abolir este armamento.
2016: Juan Manuel Santos, por ter contribuído para pôr fim a meio século de guerra interna na Colômbia.
2015: Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, que permitiu salvar a transição democrática tunisiana.
2014: Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia), por seu combate contra a exploração infantil e dos jovens e pelo direito de todos à educação.
2013: Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), por seus esforços para erradicar esse tipo de armamento de destruição em massa.
2012: União Europeia, por seu projeto de integração que contribuiu para pacificar um continente arrasado por duas guerras mundiais.
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As apostas neste ano
Os nomes de todos os candidatos ficam em sigilo durante 50 anos, mas as pessoas que deram indicações podem revelar quem foram seus indicados.
De acordo com as Bolsas de apostas, os favoritos para vencer o prêmio neste ano são adversários da guerra na Ucrânia: o presidente Volodymy Zelensky e o jornal “Kiev Independente”.
A agência de notícias Reuters inclui ainda os voluntários que ajudaram os civis a fugir da Ucrânia no começo da guerra.
Henrik Urdal, o diretor do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, afirma que o prêmio pode ser dado a entidades que atuam na Ucrânia em atividades como apuração de fatos ou assistência humanitária. “Também pode ser um prêmio para figuras da oposição em países vizinhos”, disse ele, citando Sviatlana Tsikhanouskaya, da Belarus, e Alexei Navalny, da Rússia (Navalny está preso).
Urdal afirma que os dois têm criticado as ações da Rússia na Ucrânia e defendem a democracia e métodos não violentos em seus países de origem.
Legisladores noruegueses que já escolheram laureados no passado afirmaram à Reuters que acreditam que Tsikhanouskaya e Navalny são fortes concorrentes ao prêmio deste ano.
Ativistas em defesa do clima
Segundo a Reuters, uma outra possibilidade é que o prêmio seja dado a alguma entidade ou ativista do meio ambiente, para salientar os problemas ligados às mudanças climáticas.
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