Federal Reserve aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA.
REUTERS/Joshua Roberts
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou as taxas de juros do país nesta quarta-feira (21) para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual. É a quinta vez neste ano em que os juros são elevados.
A nova alta leva a taxa básica de juros dos EUA ao seu maior patamar desde 2008, pouco antes de o país passar por sua maior crise desde a quebra das bolsas em 1929.
Com o aumento de 0,75 ponto percentual, o Fed manteve o ritmo de alta dos juros das duas reuniões anteriores, que já haviam sido o maior aumento desde 1994.
No comunicado depois da reunião desta quarta, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) indicou que deve continuar elevando a taxa nos próximos encontros – e que as altas podem ser grandes.
“O Comitê estará preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o Comitê de atingir seus objetivos”, diz o órgão em comunicado.
Novas projeções do Fed mostram a taxa básica de juros subindo para 4,40% até o final deste ano, antes de atingir 4,60% em 2023. Já as estimativas para o PIB mostram que a economia norte-americana deve crescer 0,2% este ano, e 1,2% em 2023.
O avanço dos juros nos Estados Unidos ocorre num cenário de inflação bastante elevada. Nos 12 meses até agosto, os preços ao consumidor saltaram 8,3% no país – uma pequena queda em relação aos meses anteriores.
Efeitos no Brasil
Altas de juros nos Estados Unidos tendem a se refletir em alta na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.
Mas essa elevação já estava, no jargão dos investidores, “precificada” – ou seja, já se contava com uma alta nessa proporção. Assim, a divulgação da decisão do Fed não provocou movimentos mais acentuados na cotação do dólar por aqui nesta quarta.
Os efeitos no Brasil, contudo, também podem ser de longo prazo: a alta de juros nos EUA indica uma desaceleração da economia mundial nos próximos meses, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros.
Essa desaceleração tende a ter efeitos por aqui na forma de uma menor demanda pelos produtos e serviços brasileiros – que pode, no entanto, ajudar a reduzir a inflação doméstica.
- Debate para Prefeitura de Camaçari tem perguntas sobre corrupção, geração de emprego e segurança pública
- Camaçari pode ter segundo turno pela primeira vez; veja quem são os candidatos à prefeitura
- Seis são investigados por suspeita de receber R$ 16,5 milhões em propina para conceder licenças ambientais do Inema na Bahia
- Sete unidades SAC passam a emitir a nova carteira de identidade em Salvador e na Região Metropolitana; confira
- Empresa produtora de resinas termoplásticas abre inscrições para programa de estágio 2025; há vagas para Salvador e Camaçari
- Petrobras elevará foco em exploração e produção em novo plano de negócios, diz CFO
- Bolsa sobe com Petrobras e à espera de juros nos EUA e no Brasil; dólar cai a R$ 5,51
- Horário de verão beneficia setores pontuais da economia, apontam especialistas
- Conta de luz mais cara pela bandeira tarifária pode continuar até o fim do ano
- Importações de veículos elétricos movimenta US$ 1 bi em 2024, alta de 931%, diz pesquisa
- Incêndios florestais: Lula marca reunião com chefes dos Poderes nesta terça (17)
- Lula sanciona com vetos lei da reoneração gradual da folha de pagamento
- Dino autoriza governo a abrir crédito fora da meta fiscal para combate a incêndios
- Lula sobrevoa Parque Nacional de Brasília após incêndio que já atingiu 1,2 mil hectares
- MPs querem calcular preço do desmatamento para cobrar responsáveis na Justiça